O debate em torno dos rastreios de embriões
O uso do PGT-A na FIV tem gerado alguma controvérsia na área da medicina da reprodução.
Enquanto outros testes genéticos pré-implantação (como o PGT-M e o PGT-SR) são amplamente aceites, alguns especialistas manifestam preocupações quanto à promoção generalizada do PGT-A, especialmente quando não são explicadas as suas limitações.
A verdade é que o PGT-A pode ser uma ferramenta extremamente útil para detetar alterações cromossómicas e aumentar as hipóteses de uma gravidez bem-sucedida.
No entanto, em países onde a regulação é menos rigorosa, como nos Estados Unidos, algumas clínicas promovem o PGT-A a todos os pacientes de FIV, mesmo quando não é necessário.
Embora o PGT-A possa ser particularmente benéfico para mulheres com mais de 37 anos, com maior probabilidade de gerar embriões com anomalias cromossómicas, não é indicado para todos os casos.
A verdade é que o PGT-A não é aconselhado para todos os casos. É mais indicado para:
- Mulheres com 37 anos ou mais, já que o risco de alterações cromossómicas aumenta com a idade (aos 40 anos, mais de 50% dos embriões podem ter anomalias);
- Casais com histórico de abortos espontâneos sucessivos;
- Pacientes com falhas em ciclos anteriores de FIV;
- Casais com problemas genéticos ou cromossómicos conhecidos.
Se é mais jovem e não apresenta estes fatores de risco, o PGT-A pode não ser necessário no seu caso.