A construir famílias em todo o mundo

A Ferticentro foi fundada por um grupo de especialistas em fertilidade que se juntaram para concretizar o projeto de criar uma clínica inovadora, diferenciada e capaz de prestar cuidados de excelência, de uma forma personalizada.

Foi através da Ferticentro que os tratamentos de fertilidade mais modernos chegaram à Região Centro de Portugal. De facto, foi na sequência de tratamentos realizados na Ferticentro que nasceram os primeiros bebés provenientes de ICSI, ICSI com biópsia testicular, transferência de embriões congelados e doação de esperma na região Centro de Portugal.

A Ferticentro disponibilizou, pela primeira vez em Portugal, uma linha de crédito que permitia o financiamento dos tratamentos de fertilidade a 100%. Em Dezembro de 2008, a Ferticentro fez parte do primeiro grupo de clínicas de PMA a serem formalmente licenciadas em Portugal.

A Ferticentro foi um dos primeiros centros de PMA nacionais a colaborar com o Ministério da Saúde no programa de combate às listas de espera em PMA. Em Outubro de 2009, a excelência dos serviços da Ferticentro foi reconhecida com a certificação pela NP EN ISO 9001:2008, sendo uma das primeiras clínicas em toda a Península Ibérica a receber essa distinção.

Foi em Janeiro de 2010 que a Ferticentro lançou o seu programa de doação de ovócitos, com dadoras próprias. A partir desta data passou a ser possível fazer a totalidade do processo de doação de ovócitos em Coimbra, desde o recrutamento e seleção de dadoras até à transferência de embriões, o que fez toda a diferença para a população local.

No passado a congelação de ovócitos e embriões não era tão bem-sucedida como hoje em dia. A Ferticentro implementou a técnica de vitrificação em 2011, tendo abandonado completamente as antigas metodologias de congelação lenta cerca de um ano mais tarde. Isto permitiu a obtenção de taxas de sobrevivência superiores a 90%, significativamente acima dos 70% que caracterizavam a técnica anterior. A Ferticentro foi a primeira clínica da região Centro de Portugal a implementar esta técnica na rotina diária.

A Ferticentro abriu as suas instalações novas e modernas no maior hospital privado da Região Centro em 2012. O espaço instalado nessa altura elevou os patamares de qualidade, modernidade e segurança para níveis extremamente elevados, tendo tido como consequência a internacionalização da nossa clínica e o início de um processo de crescimento exponencial.

Com a publicação, pelas principais sociedades científicas na área da Medicina da Reprodução, de recomendações altamente tranquilizadoras relativamente à segurança e eficácia da técnica de vitrificação de ovócitos (que até então era considerada um procedimento experimental), a Ferticentro passou a oferecer às suas doentes a possibilidade de criopreservarem os seus ovócitos, dando mais opções às mulheres que por alguma razão decidiram adiar os seus projetos de maternidade. Mais uma vez, estivemos entre os pioneiros na introdução desta inovação em Portugal.

O nosso famoso banco de ovócitos foi fundado em 2013 e permitiu que, a partir desse momento, tivéssemos sempre uma grande variedade de ovócitos de dadora vitrificados quer para os nossos doentes, quer para outros centros portugueses e estrangeiros com os quais colaborámos ao longo dos anos.

A Ferticentro foi a primeira clínica portuguesa e uma das primeiras a nível europeu a dispor da tecnologia do Embryoscope, uma incubadora de última geração, com uma câmera de vídeo incorporada que lhe permite controlar o desenvolvimento embrionário de forma contínua, 24 sobre 24 horas

A partir de 2014 a Ferticentro começou também a recrutar dadores de esperma, de modo a disponibilizar aos casais a possibilidade de realização de tratamento com dadores portugueses, recrutados localmente e avaliados segundo critérios nacionais.

No caso dos casais serodiscordantes, em que o elemento masculino é portador de infecções pelos vírus do VIH, hepatite B ou hepatite C, é possível fazer a lavagem do esperma, de modo a tornar segura a respetiva utilização, evitando a contaminação quer da parceira, quer da futura criança. Foi a Ferticentro quem introduziu esta técnica pela primeira vez na Região Centro de Portugal.

A Ferticentro implementou o seu programa de Diagnóstico Genético Pré-Implantação em 2015, disponibilizando deste modo este importante grupo de testes aos seus pacientes: • PGT-A, para fazer o rastreio das anomalias cromossómicas numéricas, que ocorrem especialmente nos casos de idade materna avançada (a partir dos 39 anos há indicação formal para a realização deste teste). • PGT-SR, para os casos dos doentes portadores de rearranjos cromossómicos estruturais. • PGT-M, para as situações em que existe o risco de transmissão de doenças monogénicas (causadas por um só gene). Atualmente os nossos embriologistas estão certificados para trabalhar com os principais laboratórios de genética a nível internacional, sendo ainda formadores de outros embriologistas que estão a dar os primeiros passos nesta área. Com a introdução destes serviços pela Ferticentro, foi a primeira vez que estas técnicas passaram a estar disponíveis na Região Centro de Portugal.

Com a aprovação da Lei 17/2016, os tratamentos de PMA em Portugal passaram a poder ser feitos a casais de mulheres. Esse foi um momento muito ansiado e celebrado por todas as que desesperavam por esse dia, que constituiu um enorme progresso rumo à modernidade. Na Ferticentro estes tratamentos ficaram imediatamente disponíveis a partir do momento em que foram legalizados, tendo a clínica evoluído muito rapidamente também na forma como respondia às necessidades específicas de comunicação e adaptação da comunicação, fluxo operacional e vários outros aspetos relacionados com a prestação destes serviços. A Ferticentro tornou-se rapidamente numa clínica de referência para a comunidade lésbica, com vários casais a servirem de embaixadores e a darem publicamente a cara pela normalização destes tratamentos. A disponibilização os tratamentos de ROPA / Maternidade Partilhada é algo de que muito nos orgulhamos.

Foi também através da aplicação da Lei 17/2016 que os tratamentos de PMA passaram a estar acessíveis a mulheres sem companheiro masculino. A Ferticentro disponibilizou estes tratamentos de forma imediata, tendo adotado uma série de medidas absolutamente inovadoras em relação à forma como prestamos os nossos cuidados e à transparência nos processos de tratamento.

Na Ferticentro valorizamos particularmente aspetos como a segurança dos procedimentos e a rastreabilidade das células que processamos em laboratório. Foi por essa razão que, em 2017, fizemos um investimento significativo em termos operacionais, para nos tornarmos na primeira clínica portuguesa a dispor de um sistema automatizado de controlo da localização das amostras de óvulos, esperma e embriões processados no nosso laboratório. Embora há já vários anos que aplicássemos metodologias sistemáticas de validação e verificação dos procedimentos laboratoriais, a utilização do sistema RI Witness permite-nos atingir um nível mais elevado de segurança, com métodos não humanos, que passam pela utilização de etiquetas com o sistema RFID, que nos permitem controlar o percurso das células em cada momento.

Os resultados obtidos com a utilização do Embryoscope e todas as possibilidades associadas a esta nova tecnologia fizeram com que a Ferticentro decidisse tornar-se na primeira clínica portuguesa “100% Embryoscope”, isto é, em que todos os ciclos são realizados com esta tecnologia - e por isso a aquisição de um segundo equipamento tornou-se inevitável.

Em Abril de 2018, o Tribunal Constitucional publicou um acórdão que proibia a realização de tratamentos com dadores anónimos. Esta decisão inesperada fez com que, literalmente de um dia para o outro, as clínicas de PMA portuguesas ficassem sem dadores, pois todos os que existiam tinham feito a sua dádiva sob anonimato. A Ferticentro começou imediatamente a trabalhar para resolver o problema, tendo contactado centenas de dadores, para os questionar relativamente à possibilidade de manterem a dádiva nas novas condições legais - nas primeiras duas semanas ligámos a mais de 600 pessoas! Os resultados foram excecionais e muito animadores: 97% das dadoras de ovócitos e 70% dos dadores de esperma concordaram em doar de forma não anónima e o número de novas dádivas atingiu máximos históricos. Isto permitiu-nos constituir o maior banco de dadores de esperma e ovócitos em Portugal, respondendo desse modo às necessidades dos nossos doentes e permitindo a colaboração com outros centros de PMA em Portugal e no estrangeiro.

Em 2019 estabelecemos uma parceria com um grupo de médicos e embriologistas de referência no Porto e fundámos a Procriar, uma clínica de excelência, ultra-moderna, que cedo ficou conhecida pela elevadíssima qualidade dos seis procedimentos e pela enorme disponibilidade de dadores. Embora sejam clínicas independentes, a Procriar e a Ferticentro ainda hoje colaboram em vários projetos clínicos e científicos.

De modo a aumentar ainda mais a nossa capacidade de realizar todos os tratamentos com a tecnologia do Embryoscope, a Ferticentro adquiriu um novo equipamento, o Embryoscope Plus, outro passo em direção à plena adoção da tecnologia de video time-lapse em todo o seu potencial.

“Pride Babies” é um projeto educacional da Ferticentro, focado na comunidade LGBTQIA+ e na necessidade de explicar a estas pessoas quais as suas opções reprodutivas e a ajudá-las a quebrar as barreiras e a discriminação a que infelizmente ainda muitas delas continuam a ser sujeitas no dia-a-dia.

Em 2020, durante a pandemia pela Covid-19, quando todos estávamos em casa, a Ferticentro lançou um intensíssimo programa de eventos online, destinados a aumentar a literacia em fertilidade dos pacientes cujos tratamentos estavam a ser adiados. Foi um período extremamente intenso, com eventos diários muito interessantes e que ajudaram a comunidade de pacientes a atravessar aquele período tão difícil para todos. Algumas destas atividades (como por exemplo os webinars e os debates) ainda hoje fazem parte das nossas rotinas de comunicação e reúnem sempre um elevado número de participantes.

A luta pela transparência nos tratamentos de fertilidade é algo que há muito tempo está no nosso ADN. Foi, por isso, neste contexto e com esta convicção que a Ferticentro decidiu lançar o projeto de preparação e disponibilização aos beneficiários de perfis detalhados dos dadores de gâmetas, pela primeira vez em Portugal. Hoje em dia, se fizer um tratamento com doação na Ferticentro, ser-lhe-á apresentado um perfil detalhado da pessoa que está a ajudar a formar a sua família. Este documento é particularmente importante, pois ajuda os beneficiários destes tratamentos a conhecerem um pouco melhor a pessoa que está por trás da doação, sendo ainda a única fonte de informação sobre o/a dador(a) à qual a criança nascida da doação terá acesso antes de atingir os 18 anos. Na Ferticentro consideramos que o acesso aos perfis detalhados dos dadores é uma questão fundamental de ética e transparência, sendo algo de absolutamente incontornável no futuro.

Foi na Ferticentro que se conseguiu, pela primeira vez em Portugal, o nascimento de uma criança a partir de um embrião selecionado por ser geneticamente compatível (em termos dos genes HLA) com um irmão mais velho, que é portador de uma doença grave. Esta técnica permitiu assegurar que este bebé pode doar células estaminais ao seu irmão, dando-lhe a possibilidade de sobrevivência à doença de que padece. Este foi um caso extraordinário, que verdadeiramente ajudou uma família que estava a passar um momento difícil.

A Ferticentro continuava a crescer e, em 2021, passámos a clínica para a terceira localização desde a sua fundação: as nossas novas, modernas, sofisticadas e muito maiores instalações (com 1000 m2 somos a maior clínica de PMA em Portugal) dão-nos condições perfeitas para continuarmos a desenvolver os nossos serviços e a ajudar um número cada vez maior de pessoas.

Parece que tudo começou há pouco tempo, mas de facto passaram já 20 anos e os nossos primeiros meninos até já atingiram a maioridade. A Ferticentro continuou a crescer, tirando o máximo partido das novas instalações e da equipa em crescimento contínuo. Só neste ano entraram 12 novos colaboradores para a Ferticentro!

Enquanto clínica que procura estar sempre na vanguarda do desenvolvimento científico, a Ferticentro iniciou a utilização de algoritmos de inteligência artificial em tratamentos de rotina em 2022. Nesta fase estas tecnologias devem ainda ser consideradas experimentais, mas estamos a afinar o seu desempenho, a aprender a utilizá-las e a adaptá-las à nossa forma de pensar e trabalhar, em colaboração com alguns dos principais centros de PMA a nível internacional. Temos aprendido muitíssimo e apresentado resultados dos estudos que temos feito nos principais congressos científicos em Portugal e no estrangeiro.

Somos todos portadores de doenças genéticas recessivas - sendo isso uma situação perfeitamente normal e sem qualquer impacto na nossa saúde. Contudo, se tivermos um filho com uma pessoa que seja portadora da mesma mutação (o que acontece em 2% a 5% dos casos), teremos um risco de 25% de ter uma criança afetada. De modo a baixar este risco, a Ferticentro lançou o seu programa de matching genético / compatibilidade genética, que permite excluir mutações suscetíveis de causar até 2200 doenças, o que é especialmente importante em tratamentos com doação de esperma ou ovócitos.

A Ferticentro foi internacionalmente distinguida com o diploma de “Best Practice Recognition in Vitrification” da Kitazato, o método de referência a nível mundial para a técnica de vitrificação de ovócitos e embriões.