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É aconselhável que não se transfiram mais do que dois embriões no ciclo tratamento em mulheres com menos de 35 anos. Sobretudo, as que estejam a fazer um ciclo tratamento PMA pela primeira vez. De entre os embriões produzidos durante o procedimento de FIV ou ICSI, seleccionam-se os melhores para serem transferidos para o útero. Os restantes são criopreservados – desde que possuam condições para poderem ser utilizados num futuro tratamento.
Os embriões são criopreservados em azoto líquido, a -196 ºC, ficando desta forma disponíveis para utilização posterior. Assim, caso o tratamento falhe ou se pretenda ter outro filho, usam-se os embriões criopreservados. Desta forma, o processo não tem que ser repetido. Nos ciclos com embriões criopreservados não existem os riscos relacionados com o uso dos medicamentos estimuladores da ovulação ou o risco do Síndroma de Hiperestimulação Ovárica.
A decisão sobre o destino dos embriões criopreservados é da responsabilidade da(s) pessoa(s) que realiza(m) o tratamento de PMA:
- Podem ser utilizados numa nova tentativa;
- Podem ser doados a outra(s)pessoa(s) beneficiária(s) deste tratamento;
- Podem ser doados para investigação científica;
- Podem ser destruídos;
Os embriões criopreservados podem permanecer armazenados por um período máximo de três anos (renováveis por mais três).
A Ferticentro estabelece contacto regular com todos os pacientes cujos embriões estejam armazenados nos nossos contentores de criopreservação. Por isso, é importante que mantenha a sua informação de contacto actualizada junto da clínica.
Para que a criopreservação possa ocorrer, os embriões são guardados no interior de um líquido crioprotector especial. É este líquido que os protege contra eventuais danos que o processo de criopreservação possa provocar.
Convém saber que nem todos os embriões são suscetíveis de serem criopreservados. Apenas os que se tiverem desenvolvido normalmente e que não apresentem níveis significativos de fragmentação. Importa informar que há embriões que não sobrevivem ao processo de descongelação para utilização em novo ciclo de tratamento. Por esta razão, poderá ser necessário descongelar mais embriões que aqueles passíveis de serem transferidos nos ciclos de tratamento com TEC.
Os embriões que sobrevivem ao processo de congelação e descongelação têm a mesma probabilidade de se implantarem no útero que os que são transferidos a fresco.